BuscaPé, líder em comparação de preços na América Latina

quarta-feira, 17 de junho de 2009

BH sediará, a partir de quarta, seminário de logística da siderurgia e mineração


Infraestrutura Logística no Brasil: gargalos e perspectivas. Este será o tema da palestra de abertura do 28º Seminário de Logística – Suprimentos, PCP e Transportes, que começa nesta quarta-feira, 17, em Belo Horizonte. O evento será realizado durante dois dias, a partir das 8 horas, no auditório da Usiminas, à Rua Professor José Vieira de Mendonça, 3011, bairro Engenho Nogueira.
“O Brasil é destaque mundial em oportunidades de investimentos em infraestrutura, mas permanece a seletividade nos investimentos públicos”, diz o palestrante e diretor de Pesquisa de Desenvolvimento da Fundação Dom Cabral, Paulo Tarso Vilela de Resende. Ele salienta que ainda persistem diversos gargalos, que levam a oportunidades diferenciadas, onde algumas áreas da infraestrutura apresentam melhores perspectivas em relação a outros.
“A seleção dos próximos investimentos afetará diretamente todos os setores da economia. Resta saber qual deles receberá os maiores benefícios de imediato e quais ainda dependerão de decisões no longo prazo”, observa o doutor em Planejamento de Transportes e Logística.
A programação do primeiro dia do seminário inclui a apresentação de seis trabalhos técnicos e cases empresariais, além de exposição de produtos e serviços de fornecedores.
Quinta-feira, 18
Os trabalhos do 28º Seminário de Logística – Suprimentos, PCP e Transportes prosseguem no dia 18, com a apresentação de cinco trabalhos nas sessões técnicas e palestra do consultor do Instituto de Desenvolvimento Gerencial (INDG), Raymundo Godoy Castro Filho sobre ‘Integração da Cadeia de Valor no Planejamento da Demanda’.
Na parte da tarde, os debates acontecerão em forma de mesa-redonda e estarão centralizados no tema ‘Suprimentos, Logística e Supply Chain: contrastes, processos e perspectivas’.
Abre a sessão, às 14h30, o almirante José Ribamar Miranda Dias, vice-presidente da Anut- Associação Nacional dos Usuários do Transporte de Carga, falará sobre ‘O que as Empresas da Siderurgia e Metalurgia esperam das Ferrovias - Segundo a Experiência da Anut’.
Às 14h50, o diretor-geral da ANTT - Agência Nacional de Transportes Terrestres, Bernardo José Figueiredo Gonçalves de Oliveira, discorrerá sobre ‘Regulação’, seguido pelo diretor Comercial da MRS, Valter Luís de Souza, que abordará o tema ‘Soluções Ferroviárias para o Setor Siderúrgico’. Antes dos debates, o superintendente para a siderurgia e mineração da ALL (América Latina Logística), Bruno Lino, falará sobre ‘Evolução da Infraestrutura de Transporte para o Setor Siderúrgico/Mineração (e cases relacionados)’. Serviço de Imprensa da Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração
Maria Izilda Ferreira Bueno (Mtb 12.995)
Fatma Menezello Thorlay Gomes (Mtb 10.738)
Wellington Costa (Mtb 31697)
Fone: (11) 5534-4333 ramais 125 / 150 / 137

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Obras concluídas do PAC consumiram 15% da verba prevista

As obras já concluídas do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) somam R$ 62,9 bilhões, o que representa 15,1% do valor total do programa e inclui gastos do governo federal, estatais e iniciativa privada.
"O PAC é uma realidade irreversível. Qualquer tentativa de dizer que o PAC não existe ou que está 'empacado', falta com a verdade, é um absurdo", afirmou a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil).
Do Orçamento Geral da União foram gastos R$ 22,5 bilhões desde 2007, quando o programa foi lançado. Neste ano, foram executados R$ 3,7 bilhões, 18% do total previsto para o ano.
Do total gasto em 2009, porém, apenas R$ 700 milhões é "dinheiro novo", ou seja, faz parte do Orçamento de 2009. Outros R$ 3 bilhões se referem a restos a pagar, recursos já previstos nos anos anteriores, mas que o governo não conseguiu executar.
"O PAC não é Orçamento Geral da União. Se fosse, o governo federal estaria cometendo um grande equívoco. {A participação do] setor privado no PAC é crucial, então ele tem que ser financiado", completou a ministra.
A ministra classificou como "bastante razoável" o fato de 335 ações das 2.446 previstas no programa terem sido concluídas. De acordo com o balanço, 77% das ações do PAC estão em estágio adequado. Outros 7% pedem atenção, 2% estão em estado preocupante. Foram concluídas 14% das obras.
Das obras concluídas, 133 empreendimentos são da área de logística (rodovias, ferrovias, porto, hidrovias, aeroportos), que somam R$ 10,2 bilhões. Outros 186 são da área de energia e somam R$ 50, 2 bilhões. Na parte de obras sociais e urbanas (Luz para Todos e projetos de recursos hídricos) foram gastos R$ 2,5 bilhões e concluídos 16 empreendimentos.

05 Transportadoras unem-se e criam novo operador logístico

Antonio Wrobleski Filho, ex-presidente da subsidiária da Ryder no Brasil, está finalizando nesta semana a fusão de cinco transportadoras de pequeno e médio porte. A área de atuação da nova empresa inicialmente será os estados das regiões Sul e Sudeste. O anúncio está agendado para a próxima segunda-feira, em um hotel em São Paulo.

Segundo apurou o Valor, trata-se da unificação das operações das transportadoras Fantinati, Ajofer, Transvec, Trans-Postes e XV de Novembro. As cinco companhias, no fim de 2006, já haviam firmado uma parceria, que culminou na criação da operadora logística Mestra Log, com sede em São Bernardo do Campo (SP). Durante a sexta-feira, o executivo estava na Mestra Log, mas não retornou o contato da reportagem até o fechamento desta edição. Os sócios da nova operadora logística também não foram localizados.

As cinco transportadoras estão localizadas na região do Grande ABC. Conforme o convite do anúncio enviado à imprensa, a Mestra Log passará a contar com uma frota superior a mil caminhões e área total de cerca de 250 mil metros quadrados. Somadas, as cinco transportadoras possuem mais de 20 filiais espalhadas pelo Sul e Sudeste do país.

Atualmente, a empresa já fornece serviços de transporte, logística, retroportuários e armazenagem. Após o anúncio da fusão, a pretensão da Mestra Log é de atuar também nas regiões Norte e Nordeste, além de outros países da América do Sul, como Argentina, Uruguai, Chile e Colômbia.

Wrobleski deixou a Ryder em julho do ano passado. Cinco meses depois, em decisão que surpreendeu o setor, a empresa americana informou que estava encerrando suas operações no Brasil, Argentina e Chile, países onde empregava aproximadamente 2,4 mil funcionários. O motivo alegado para o fim das atividades na região foi a crise financeira internacional.

Entre os grandes clientes da Ryder no país estavam General Motors e Toyota, para quem a operadora logística fazia o transporte dedicado entre as fábricas do Brasil e Argentina. Em entrevista ao Valor, concedida em meados de 2007, Wrobleski anunciou investimento de R$ 13 milhões na compra de 50 caminhões, o que marcava o início das operações com frota própria no país pela companhia.

Agora, à frente da Mestra Log, o executivo terá, além dos concorrentes pequenos, que compõem a maior parte do mercado nacional, grandes empresas como Tegma, Julio Simões e Luft.

Em ambos os casos, os concorrentes cresceram significativamente nos últimos anos por meio de aquisições. Outra empresa com participação efetiva na consolidação do mercado brasileiro é a holandesa TNT, que já comprou a Expresso Mercúrio e, mais recentemente, a Expresso Araçatuba.

Na opinião de Maria Fernanda Hijjar, especialista em logística em supply chain do Instituto Ilos, existe uma tendência forte no mercado de os transportadores passarem a prestar serviços logísticos. "Fazem o transporte, mas prestam também serviços de armazenagem, montagens de kits, reparos, entre outros, já que o transporte por si só virou praticamente uma commodity", declarou a pesquisadora


Fonte: 
Valor Econômico
8/6/2009

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Obras em portos e aeroportos são maiores atrasos do PAC

A maior parte das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) com sinal vermelho, de acordo com o seu andamento, diz respeito a portos e aeroportos.

 

 

Só no Porto de Itaqui, no Maranhão, as obras de dragagem, recuperação e construção de berços estão com sinal vermelho, o que significa uma situação preocupante, de acordo com o 7º balanço do PAC, apresentado hoje (3), em Brasília.


O ministro da Secretaria Especial de Portos, Pedro Brito, explicou que as obras do Porto de Itaqui estão incluídas no anexo 4 do Orçamento da União, que indica as obras e os serviços com indícios de irregularidades graves, de acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU). Segundo Brito, o governo está trabalhando para reverter essa situação.


A construção do novo terminal de passageiros do Aeroporto de Vitória (ES) está paralisada desde julho do ano passado, por causa da rescisão do contrato com a empresa responsável. Segundo o ministro da Defesa, Nelson Jobim, a licitação anterior foi impugnada pelo TCU e a empresa se negava a dar continuidade à obra nos termos pretendidos pelo tribunal. "Agora teremos licitações separadas do terminal e da pista", disse.


As obras de adequação, ampliação e revitalização da pista e do pátio do aeroporto de Guarulhos (SP) também foram paralisadas porque o TCU apontou sobrepreço. "Achamos melhor fazer uma rescisão e a continuação desta obra que será feita pelo Batalhão de Engenharia do Exército", disse Jobim.


No aeroporto de Macapá (AP), a construção do terminal de passageiros foi paralisada há um ano, por causa do rompimento do consórcio que estava executando a obra. A empresa executora entrou com uma liminar suspendendo a licitação, e agora o governo busca cassar essa decisão.


Outras obras importantes para o país receberam sinal amarelo, que significa atenção, como o trecho de 81 quilômetros da BR-101 no Rio Grande do Norte, que está sendo analisado pelo Tribunal de Contas da União. Segundo o balanço do PAC, a expectativa é que até julho haja uma definição sobre o empreendimento.


Outra obra que está em situação de atenção é o Ferroanel de São Paulo, pois existe uma indefinição quanto à modelagem financeira e operacional do empreendimento.


As Hidrelétricas de Baixo Iguaçu, no Paraná, e Pai Querê, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, também receberam sinal amarelo, pois estão sendo questionadas por decisões judiciais. A Hidrelétrica Pedra Branca, em Pernambuco, está em situação preocupante, porque a demarcação proposta para as terras indígenas no local poderá afetar parte do reservatório da usina.


Para a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, o PAC hoje é uma "realidade irreversível". Segundo ela, todos os órgãos do governo trabalham em conjunto para o bom andamento do programa. "Existe uma integração grande entre os ministros, é evidente que existem divergências, mas elas são perfeitamente sanadas", afirma.
 


Com informações Agência Brasil

Paraná sedia convenção ambiental portuária da OEA

O porto de Paranaguá vai sediar a 1ª Convenção Hemisférica de Proteção Ambiental Portuária da Organização dos Estados Americanos (OEA), que acontece de 21 a 24 de julho, em Foz do Iguaçu, no Paraná, informa a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).


O evento é promovido pela OEA, através da Comissão Interamericana de Portos (CIP), e organizado pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), em conjunto com a Secretaria Especial de Portos (SEP) e com a Antaq. A Associação Comercial e Industrial Agrícola de Paranaguá (ACIAP) e a Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap) são parceiras da Appa no evento.


Durante a Convenção, estarão reunidos em Foz do Iguaçu representantes de 34 países-membros da CIP, para discutir a proteção ambiental portuária, promovendo um intercâmbio de informações sobre o tema. O objetivo é conscientizar o setor portuário sobre a importância da proteção ambiental como valor agregado a sua atividade.


No encontro, serão apresentadas as melhores práticas ambientais desenvolvidas pelos países-membros e que poderão servir de exemplo para outras nações. A intenção é promover o intercâmbio de experiências e aplicação de práticas aceitáveis. A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina foi escolhida como anfitriã do evento pelo modelo de gestão ambiental portuária que adota e que será apresentado durante o evento.


"Criamos em Paranaguá o Clube de Serviços do Meio Ambiente, para promover a atuação sócio-ambiental responsável dos usuários e prestadores de serviços dos portos de Paranaguá e Antonina. O Clube atende às exigências legais e mantém os portos do Paraná na vanguarda internacional das questões do meio ambiente, além de oferecer ao Brasil um novo modelo de gestão ambiental portuária. É por isso que o nosso porto foi escolhido para sediar essa Convenção e esperamos ter aqui uma ampla discussão de bons exemplos nesta área", explica o superintendente da Appa, Daniel Lúcio de Souza.


Para dar a dimensão da integração entre as Américas que a Convenção traz, a cidade de Foz do Iguaçu foi escolhida para receber o evento, por estar na cidade o "Marco das Três Fronteiras", ponto em que o Brasil, Argentina e Paraguai se encontram.


A programação completa da Convenção pode ser conferida através do site www.oeabrasil2009.com.br. As inscrições também podem ser feitas pela internet.

 

Com informações Portos & Navios

Piratas da Somália são presos em ação da Inglaterra e da Espanha

Militares apreenderam armas e destruíram barcos no Golfo de Aden.
As fotos foram divulgadas pelo Exército britânico, e mostram a abordagem dos piratas somalis no Golfo de Aden. Foram apreendidos dois barcos, ganchos, correntes, combustível metralhadoras e até um lançador de granadas.
A ação coordenada entre militares britânicos e espanhóis prendeu os piratas e destruiu os barcos usados por eles.

Abshir Boyah, um alto e notório chefe-pirata somali que admite ter sequestrado mais de 25 navios e ser um membro de um conselho secreto de piratas chamado A Corporação, disse estar pronto para fazer um acordo. 

Enfrentando uma pressão naval cada vez maior nos mares e, agora, uma crescente crítica em terra firme, Boyah tem viajado entre anciãos e xeques religiosos cansados dos piratas e de seus vícios. Ele promete deixar o negócio bucaneiro caso certas exigências sejam cumpridas. 

Cara, esses islâmicos querem decepar minhas mãos, resmungou ele sobre um prato de carne de camelo e espaguete. Os xeques pareciam tê-lo agitado mais que a frota de navios de guerra estrangeiros patrulhando a costa. Talvez seja a hora de alguma mudança, disse.

Pela primeira vez nesta região infestada de piratas, o sul da Somália, algumas das comunidades que prosperavam com os dólares da pirataria  suprindo esses afamados criminosos com abrigo, apoio, noivas, respeito e até mesmo ajuda governamental  agora tentam expulsá-los. 

Milícias antipiratas estão se formando. Xeques e líderes governamentais embarcam numa campanha para excomungar os piratas. Os líderes locais ordenam a eles que saiam da cidade e pregam, em mesquitas, para que as mulheres não se casem com esses não-islâmicos, desonestos "burcad badeed" expressão em somaliano que significa bandido do mar.

Existe ainda um novo sinal num estacionamento em Garoowe, a capital da região semi-autônoma de Puntlândia, que pode ser a única de seu tipo no mundo todo. As grossas letras vermelhas dizem: piratas não são permitidos. 

Assim como a violência, a fome e o warlordismo (do termo em Inglês que designa os senhores da guerra) que engolfaram a Somália, a pirataria é uma consequência direta  e, segundo alguns somalis, inevitável de uma sociedade degradada por 18 anos sem um efetivo governo central e cuja economia foi esmagada por uma guerra.


Com informações :conexão marítima

Maersk quer crescer no setor de óleo e gás

O grupo A.P. Moller Maersk, conhecido como uma das maiores companhias internacionais de shipping, quer se tornar uma empresa líder mundial no setor de exploração de óleo e gás em até 10 anos. Hoje a empresa está entre as 25 maiores petrolíferas não-governamentais do mundo.


Para alcançar o objetivo, a companhia pretende investir em tecnologia e irá reorganizar a estrutura da divisão Maersk Oil and Gas. Hoje a operadora produz 650 mil barris de óleo e 27 metros cúbicos de gás por dia em campos da Dinamarca, da parte inglesa do Mar do Norte, do Qatar e do Cazaquistão.

 

Com informações Portos & Navios

Deixar navio parado custa mais do que mantê-lo em operação

As taxas de afretamento necessitam cair ainda mais para que os proprietários deixem navios parados por um longo prazo e não apenas de forma sazonal, de acordo com Paul Dowell, diretor de pesquisa da Howe Robinson Shipbrokers.

Durante conferência sobre a crescente ociosidade de navios, realizada na sede da London IMarEST, Dowell disse que, apesar da enorme queda nas taxas de afretamento e da crescente oferta de espaço, ainda é conveniente para os proprietários manter embarcações ociosas prontas para retomar a operação e não paradas por um longo tempo. Isso apesar de as taxas estarem próximas dos custos de operação.

Usando como exemplo um navio com capacidade para 1.700 Teus (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés), que custa cerca de US$ 700 mil para ficar parado durante um ano, o diretor calculou que a taxa de afretamento deveria cair dos atuais US$ 4.750 por dia para US$ 3.700 por dia para justificar a retirada de navios do trade. Estimativas similares aplicam-se a navios maiores.

Um problema para os proprietários é tomar a decisão de deixar navios parados sem contar com estimativas confiáveis de custos da ociosidade e de reativação de navios modernos após um período fora de serviço. O diretor disse que, embora existam dados sobre um grande número de navios ociosos em todo o mundo, totalizando cerca de 10% da frota, alguns foram retirados do trade por um longo prazo.

Dowell faz um prognóstico sombrio para o setor. "Existe um grande número de navios para ser entregues sem qualquer perspectiva realista de a demanda absorver a tonelagem. É a primeira vez que o crescimento da procura é negativo no setor".

A observação do diretor tem afetado gravemente os valores de embarcações. Dowell estima que um porta-contêiner panamax encomendado durante o pico do mercado, no ano passado, tem seu valor, hoje, reduzido pela metade.


Com informações do Portal Guia Marítimo

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Dez Características de um bom Indicador de Desempenho em Logística

Muitas pessoas utilizam o termo KPI (Key Performance Indicators) e métricas (ou indicadores) de desempenho indistintamente. 

Isso é errado, pois um KPI é uma métrica, mas nem toda métrica é um KPI. 

A diferença básica é que um KPI sempre deverá refletir vetores ou direcionadores (drivers) de valor estratégico enquanto que uma métrica apenas representa uma medida de desempenho de uma atividade, na maioria das vezes estritamente operacional e com pouco ou nenhum impacto sobre os resultados esperados pela empresa. 

KPIs são “veículos de comunicação”. Permitem que os executivos do alto escalão comuniquem a missão e visão da empresa aos mais baixos níveis hierárquicos, envolvendo diretamente todos os colaboradores na realização dos objetivos estratégicos da empresa. 

Na logística e no supply chain management existem mais de uma centena de métricas, portanto, são inúmeras as possibilidades de composição de KPIs e por isso, seguir as recomendações aqui relatadas é fundamental para o sucesso da área, e conseqüentemente da organização. 

Bons KPIs devem apresentar as 10 características citadas a seguir, enquanto que simples métricas ou indicadores de desempenho apresentarão parte delas. 

#1: KPIs devem refletir direcionadores (drivers) de valor estratégico 

KPIs refletem e medem direcionadores-chave de valor. Direcionadores de valor representam atividades que quando executadas corretamente, garantem o sucesso futuro da organização. Direcionadores de valor movimentam a empresa para a direção correta, impulsionando-a para alcançar seus objetivos organizacionais e resultados financeiros. Exemplos de direcionadores de valor podem ser “alta satisfação do Cliente” ou “excelência na qualidade de um produto”. 

#2: KPIs são definidos por Executivos 

Executivos definem os direcionadores de valor em reuniões de planejamento, onde determinam o direcionamento estratégico da empresa, no curto, médio e longo prazos. Para extrair o máximo desses direcionadores de valor, os executivos necessitam definir como eles querem mensurar o desempenho organizacional através desses direcionadores. Infelizmente, muitos executivos terminam o seu planejamento estratégico antes de definir e validar essas medidas de desempenho. Não podemos gerenciar aquilo que não é medido. 

#3: KPIs devem fluir ao longo da empresa 

Qualquer grupo, em qualquer nível hierárquico, de qualquer organização, é gerenciado por um “executivo”. Esses executivos podem ser conhecidos por “presidentes divisionais”, “diretores”, “gerentes” ou “supervisores”, entre diversos outros termos. Como “executivos”, também necessitam realizar sessões de planejamento estratégico e identificar direcionadores-chave de valor, objetivos e planos para o seu grupo. Devido ao fato de cada “executivo”, em cada nível hierárquico, basear-se em direcionadores-chave repassados por seus superiores, acaba ocorrendo um “efeito cascata”, fazendo com que seja refletido nos KPIs dos mais baixos níveis organizacionais os valores propostos pelos altos executivos da empresa. 

#4: KPIs são baseados em padrões corporativos 

A única forma de fazer com que um KPI flua ao longo de uma organização é através da criação de padrões de medição. Isso é muito difícil e trabalhoso, mas não impossível. 

#5: KPIs são baseados em dados válidos 

Antes de optar pela utilização de um determinado KPI é necessário saber se a informação existe e qual a sua precisão (acuracidade). Freqüentemente a resposta não é positiva. Em alguns casos as empresas optam por investir em sistemas que possam capturar as informações necessárias. Em outros casos preferem revisar o KPI. 

#6:KPIs devem ser fáceis de serem compreendidos 

Um dos grandes problemas dos KPIs é que existem muitos deles. Como resultados disso, eles perdem o poder de atrair a atenção dos empregados e de modificar o seu comportamento. De acordo com uma pesquisa da TDWI (The Data Warehousing Information), uma organização deveria ter, na média, sete KPIs por usuário. Mais do que isso torna difícil para os empregados tomarem a decisão requisitada para cada um deles. 

Além disso, os KPIs devem ser de fácil entendimento. Os colaboradores devem saber como calculá-lo e principalmente, o que fazer (e o que não fazer) para alcançar as metas pretendidas. Treinamentos e reuniões de acompanhamento são necessárias para o perfeito entendimento. Medidas de desempenho sem reuniões são inúteis. 

#7: KPIs são sempre relevantes 

Para garantir que os KPIs possam, continuamente, melhorar a performance da empresa, será preciso auditar os KPIs para avaliar o seu uso e relevância. Se um KPI não está sendo utilizado, ele deverá ser re-escrito ou mesmo descartado. Muitos KPIs têm um ciclo de vida e uma vez criados, energizam a força de trabalho, produzindo resultados incríveis. Com o passar do tempo perdem o seu valor, e provavelmente, tenham que ser redesenhados. Muitas organizações realizam revisões a cada 4 ou 6 meses para avaliar a eficiência de seus KPIs. 

#8: KPIs proporcionam contexto 

Métricas sempre são expressas em número que refletem o desempenho. Mas um KPI coloca essa performance em um contexto. Ele avalia o desempenho em função de expectativas. O contexto é proporcionado através de limites, metas, benchmarks, etc. KPIs devem indicar a direção da performance, como acima, abaixo ou estático. 

#9: KPIs criam “empowerment” nos usuários 

É muito comum dizer que aquilo que não é medido não é gerenciado. Mas é também verdadeiro que não pode ser medido aquilo que não possa ser recompensado. Para serem efetivos, os KPIs devem ter uma recompensa atrelada a eles. Cerca de 40% das empresas pesquisadas pela TDWI (The Data Warehousing Information) nos EUA informaram ter reestruturado seus sistemas de incentivos com a implementação de KPIs. 

#10: KPIs conduzem a ações positivas 

KPIs não podem ser criados de forma isolada. Devem gerar ações de melhoria conjuntamente. Objetivos antagônicos poderão enfraquecer KPIs e colocar em risco a realização de importantes objetivos estratégicos da empresa. 

*Este artigo é praticamente uma tradução de “Ten Characteristics of a Good KPI” escrito por Wayne Eckerson, Diretor de Pesquisa do The Data Warehousing Institute.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Crise aumenta demanda por profissionais de logística

Levantamento recente do Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação em Administração de Empresas (Coppead) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) mostra que 91% das maiores empresas do Brasil terceirizam serviços de logística e transportes, nível semelhante ao dos EUA e Europa.

Em 81% dos casos, segundo o estudo, objetivam reduzir custos. No entanto, apenas 57% delas têm alcançado a meta, com uma economia média de 13%. Nesse contexto, o tecnólogo em Logística e Transportes desempenha papel fundamental, pois ajuda a controlar os gastos desde a cadeia de suprimentos, passando por armazenagem de estoques e planejamento de rotas de distribuição.

"Em momentos de contração da economia, é importante a atuação desse profissional especializado, bem formado, como são os vindos das Fatecs", afirma Milton Lourenço, diretor da Fiorde Logística Internacional, de São Paulo. "Hoje o setor tem significação muito importante, por isso a demanda é grande", garante Luciano Rocha, presidente da Associação Brasileira de Empresas e Profissionais de Logística (ABEPL).

Joaquim Olímpio de Oliveira Filho, aluno da Fatec Americana, comprova. "Apesar da situação econômica, o mercado está se abrindo". Contratado este ano pela Secretaria Municipal de Transportes de Hortolândia, é técnico em Administração de Empresas, com experiência na área de trânsito e cursos do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito). "A Fatec me dá noção de conjunto para a especialidade que quero seguir, treinamento de trânsito. Aplico no trabalho muitas das ferramentas que aprendo na faculdade".

Oferecido em doze Fatecs espalhadas pelo estado de São Paulo, o curso superior de Tecnologia em Logística e Transportes começa com disciplinas básicas (matemática, português, estatística, direito). Depois equilibra conteúdos de gestão - marketing, administração, empreendedorismo - e os de exatas como métodos de simulação, para aprender a transformar cenários em números. "O projeto pedagógico está muito bem equacionado, esse é nosso diferencial em relação a outras instituições", observa Valter de Sousa, da Fatec São José dos Campos.

Sobre o perfil do profissional, Daniela Marchini, coordenadora do curso na Fatec Americana, indica que deve ser dinâmico, e com um raciocínio preferencialmente lógico. "Se isso não for natural, precisa se esforçar", diz. A professora aponta a tendência de melhorar a ligação na cadeia de suprimentos. Por exemplo, um fio que segue para 20 empresas têxteis deve ter o menor custo possível de estoque e transporte - o que exige noção de processos, de conjunto.

Em busca dessa visão, várias empresas pedem consultoria às unidades de ensino. É o caso da Fazenda Brasil, que solicitou um estudo à Fatec São José dos Campos. Cria 800 porcos, compra insumos e vende os animais vivos. "Para aumentar a eficiência no processo, priorizaremos a manutenção e a gestão da frota de caminhões. Além disso, verificaremos a possibilidade de ofertar o produto processado", diz Irineu de Brito Júnior, docente responsável pela pesquisa.

Outros projetos, como o de Vinicius Minatogawa, da Fatec Americana, devem beneficiar milhares de pessoas. "Vou desenvolver a melhor rota para vans que levam crianças à escola, diminuindo custos e emissões de gases poluentes. Com o progresso dessa pesquisa, pretendo ampliar a maximização das rotas para todo o transporte público da cidade".


Fonte: 
Canal Executivo
2/6/2009