Ganhos operacionais de até 60% durante as operações portuárias e a informatização dos sistemas logísticos do transporte marítimo em todo o País são os objetivos do projeto Porto Sem Papel (PSP). Em fase de formatação, o projeto é uma das principais ações promovidas pela Secretaria Especial de Portos (SEP) para elevar a competitividade das mercadorias brasileiras no mercado internacional.As diretrizes do PSP foram apresentadas pelo subsecretário de planejamento e desenvolvimento da SEP, Fabrizio Pierdomênico, em encontro promovido pelo Comitê de Usuários de Portos e Aeroportos do Estado de São Paulo (Comus) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), na semana passada. Cerca de 30 pessoas entre integrantes do comitê e empresários de comércio exterior participaram do evento.Segundo Pierdomênico, além de estabelecer uma padronização internacional, com a criação de um documento digital de via única, eliminando o uso de papéis, a proposta do projeto deve reduzir em torno de 25% o tempo de estadia das embarcações nos portos. "O conceito desenvolvido se resume em agilidade, segurança, confiabilidade e competitividade", disse.Para a implementação desse modelo de porto informatizado, Pierdomênico disse que a fase é de debate com a Secretaria da Receita Federal. Apesar disso, a previsão de início está estimada em 15 meses.De acordo com o coordenador do Comus, José Cândido Senna, que conduziu a reunião, a iniciativa é bem-vinda porque deve contribuir com as ações do projeto Porto 24 Horas, também em processo de viabilização, que visa aperfeiçoar o processo de embarque e desembarque de mercadorias das empresas exportadoras e importadoras, como, por exemplo, agendar pela internet as operações de desembarque. "Vamos caminhar paralelamente ao PSP, encaminhando as freqüentes reclamações dos empresários", afirmou. Também estiveram no encontro os presidentes da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Joaquim da Silva Marques Neto; do Sindicato das Empresas de Transporte Comercial de Carga do Litoral Paulista (Sindisan), Marcelo Marques da Rocha; da Federação Nacional das Agências de Navegação Marítima (Fenamar), Glen Gordon Findlay; e a superintendente técnica da Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (Abtra), Germaine Lillian Robinson.
Jornalista: Geriane Oliveira
Jornalista: Geriane Oliveira
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