Militares apreenderam armas e destruíram barcos no Golfo de Aden.
As fotos foram divulgadas pelo Exército britânico, e mostram a abordagem dos piratas somalis no Golfo de Aden. Foram apreendidos dois barcos, ganchos, correntes, combustível metralhadoras e até um lançador de granadas.
A ação coordenada entre militares britânicos e espanhóis prendeu os piratas e destruiu os barcos usados por eles.
Abshir Boyah, um alto e notório chefe-pirata somali que admite ter sequestrado mais de 25 navios e ser um membro de um conselho secreto de piratas chamado A Corporação, disse estar pronto para fazer um acordo.
Enfrentando uma pressão naval cada vez maior nos mares e, agora, uma crescente crítica em terra firme, Boyah tem viajado entre anciãos e xeques religiosos cansados dos piratas e de seus vícios. Ele promete deixar o negócio bucaneiro caso certas exigências sejam cumpridas.
Cara, esses islâmicos querem decepar minhas mãos, resmungou ele sobre um prato de carne de camelo e espaguete. Os xeques pareciam tê-lo agitado mais que a frota de navios de guerra estrangeiros patrulhando a costa. Talvez seja a hora de alguma mudança, disse.
Pela primeira vez nesta região infestada de piratas, o sul da Somália, algumas das comunidades que prosperavam com os dólares da pirataria suprindo esses afamados criminosos com abrigo, apoio, noivas, respeito e até mesmo ajuda governamental agora tentam expulsá-los.
Milícias antipiratas estão se formando. Xeques e líderes governamentais embarcam numa campanha para excomungar os piratas. Os líderes locais ordenam a eles que saiam da cidade e pregam, em mesquitas, para que as mulheres não se casem com esses não-islâmicos, desonestos "burcad badeed" expressão em somaliano que significa bandido do mar.
Existe ainda um novo sinal num estacionamento em Garoowe, a capital da região semi-autônoma de Puntlândia, que pode ser a única de seu tipo no mundo todo. As grossas letras vermelhas dizem: piratas não são permitidos.
Assim como a violência, a fome e o warlordismo (do termo em Inglês que designa os senhores da guerra) que engolfaram a Somália, a pirataria é uma consequência direta e, segundo alguns somalis, inevitável de uma sociedade degradada por 18 anos sem um efetivo governo central e cuja economia foi esmagada por uma guerra.
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