A expectativa da instituição pra este exercício é que os desembolsos cheguem a R$ 80 bilhões, 25% a mais do que o registrado em 2007, tendo os projetos de infra-estrutura como um dos destaques do banco. Nesse processo, o BNDES tem a Região Nordeste como um dos eixos fortes de sua atuação. Para este ano, o banco possui um orçamento de R$ 4,4 bilhões para a área de logística e a estimativa de que 40% desses recursos venham para a Região Nordeste.
O BNDES tem a Região Nordeste como um dos eixos fortes de sua atuação. Para este ano, o banco possui um orçamento de R$ 4,4 bilhões para a área de logística e a estimativa é de que 40% desses recursos venham para a Região Nordeste.
“O BNDES vem apoiando projetos que reforcem a malha logística da Região. O banco entende que a oferta de infra-estrutura logística é importante para o crescimento econômico, estimulando investimentos em diversos setores e indústrias, além da conseqüente redução dos custos de transportes, o que torna os produtos mais competitivos, tanto em nível nacional como internacional”, diz o gerente interino do Departamento de Transportes e Logística do BNDES, Leandro Villar. Para alcançar esse objetivo, a instituição vem ofertando linhas de crédito específicas para o Nordeste, com taxas de juros e níveis de participação diferenciados em relação a outros produtos do banco.
Um outro ponto da importância do crescimento regional está na criação, por parte da instituição, do Comitê de Desenvolvimento Regional, que tem como objetivo minimizar os efeitos das desigualdades regionais. “Implantamos um projeto piloto em Suape, que envolve toda a área do entorno do complexo. Estão incluídos aí os municípios do Cabo de Santo Agostinho, Jaboatão dos Guararapes, Ipojuca, Moreno e Escada. Nessas regiões o BNDES está fazendo uma série de ações em cima dos arranjos produtivos locais (APLs) para que quando da ocasião da chamada de projetos por parte do banco haja uma diferenciação. As linhas, novas e já existentes, envolvem não apenas a questão da infra-estrutura ou os grandes projetos. Queremos envolver as micro e pequenas empresas e também projetos de desenvolvimento social”, afirma Paulo Guimarães, chefe do departamento Nordeste.
Uma outra linha de ação importante está sendo aplicada junto aos estados de Sergipe, Rio Grande do Norte, Paraíba e Piauí, que no ano passado receberam poucos recursos por parte do banco. Um bom exemplo é São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte, onde está sendo implantado um aeroporto internacional.
Na área de infra-estrutura logística regional, o BNDES vem se destacando pelo apoio a grandes projetos que envolvem não apenas o Nordeste, mas também a Região Norte. Estão incluídos: os financiamentos da Ferrovia Transnordestina (R$ 900 milhões) Ferrovia Norte-Sul (R$ 1,4 Bilhão), além de investimentos da ordem de R$ 196 milhões em diversas rodovias do Pará.
Mas nem tudo são flores. Apesar dos grandes valores envolvidos e do crescimento regional nos últimos anos ficar acima da média nacional, o Nordeste é uma das áreas menos aquinhoadas pelos repasses da instituição. Os desembolsos, embora crescentes, são inferiores a 10% do total disponibilizado. Em 2004, segundo o próprio BNDES, o Nordeste recebeu R$ 2,7 bilhões. No ano seguinte foram repassados R$ 3,8 bilhões para os mais diversos projetos em toda a Região. Nos exercícios de 2006 e 2007, os valores chegaram a R$ 4,8 bilhões e R$ 5,3 bilhões, respectivamente. Mas o banco está ampliando esses valores ano a ano. Esperamos que a Região alcance o índice de 13% de todo o valor desembolsado pelo banco até o ano de 2010”, diz Guimarães.
“Talvez a limitação orçamentária dos estados e municípios, em relação à realização de investimentos em infra-estrutura, explique alguma deficiência. No entanto, a participação do BNDES em projetos estruturantes e de natureza de integração regional contribui para a redução dessa deficiência, como é o caso da Transnordestina”. Pelo visto, se depender das intenções do BNDES, o Nordeste não venha se tornar independente, como dizia a música de Bráulio Tavares, mas com certeza será menos dependente de outras regiões, o que já é um passo gigantesco em comparação à situação atual.
Fonte: Cais do Porto.com
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