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quarta-feira, 6 de maio de 2009

Alstom encerra ano fiscal com nível recorde de pedidos e um aumento de 30% de lucro líquido

Com €1109 milhão, em relação aos €852 milhões do exercício 2007/2008.

Entre 1o de abril de 2008 e 31 de março de 2009, a Alstom manteve mundialmente sua forte atividade comercial, com um aumento de 5% em seus pedidos recebidos e de 11% em suas vendas, comparados com os níveis recordes do exercício anterior. Durante o mesmo período, o resultado operacional teve um aumento de 19% e a margem operacional alcançou 8,2%. Com esta melhora na rentabilidade, a Alstom registrou um lucro líquido de €1,1 bilhão, uma alta de 30%. A situação financeira do Grupo se fortaleceu com a geração de caixa de €1,5 bilhão durante o exercício. Em sua próxima assembléia geral, a Alstom irá propor um aumento de 40% do dividendo, que será de €1,12 por ação.

"A Alstom apresenta novamente resultados satisfatórios para seu exercício fiscal 2008/09, com um bom desempenho em suas duas atividades, Power e Transporte. A forte reviravolta da economia mundial gerou incertezas em nossos mercados: a demanda no setor de transporte ferroviário deve manter-se sustentada, principalmente pelos planos de retomada; em contrapartida, é provável que o mercado de novos equipamentos para geração de energia sofra uma queda, em decorrência do possível adiamento de alguns projetos futuros, enquanto a demanda por serviços se apresente menos volátil. Em face a este novo contexto, a Alstom dispõe de fortes ativos para enfrentar este cenário desafiador: uma base industrial mundial competitiva, clientes sólidos, uma estrutura financeira saudável e uma carteira de pedidos recorde. A visibilidade que esta carteira nos proporciona permite confirmar nosso objetivo de margem operacional de cerca de 9% até março de 2010. Além do mais, para atravessar a crise econômica da melhor maneira possível, o Grupo lançou planos de ação que visam otimizar seus custos, garantir sua flexibilidade e priorizar seus programas de investimento, garantindo ao mesmo tempo a correta execução de sua volumosa carteira de pedidos", declarou Patrick Kron, presidente Mundial da Alstom.

Atividade comercial sólida - Durante o exercício 2008/09, o Grupo registrou €24,6 bilhões em pedidos, um aumento de 5% em relação ao nível já alto do exercício anterior, levando sua carteira de pedidos a €45,7 bilhões (+16%), ou seja, 29 meses de faturamento. O aumento dos pedidos envolve as duas atividades: +3% em Power e +9% em Transporte.

O Setor Power recebeu pedidos de centrais a gás turnkey, principalmente na Europa, no Sudeste Asiático e na África do Norte, assim como contratos importantes para centrais a óleo e carvão na Arábia Saudita, África do Sul e Europa. O Setor registrou também pedidos para ilhas convencionais (formada por turbina e gerador) de usinas nucleares chinesas, bem como importantes projetos hidrelétricos na América Latina e em Portugal. Obteve também contratos de operação e manutenção, principalmente para centrais a gás, em particular na Europa e na região África/Oriente Médio.

O Setor Transporte atingiu um novo recorde de pedidos, dentre eles, projetos de trem de alta velocidade de última geração (AGV) na Itália, trens "Pendolino" (trens pendulares, capazes de realizar curvas em alta velocidade) no Reino-Unido, ambos associados a um contrato de manutenção, VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) na África do Norte, metrôs na América do Norte e do Sul e na Ásia, bem como trens regionais na Europa do Norte e na Austrália.

A execução progressiva da carteira de pedidos levou a um aumento das vendas, de €18,7 bilhões em 2008/09 contra €16,9 bilhões em 2007/08, ou seja, um aumento de 11%. As vendas cresceram 15% no Setor Power e 3% no Setor Transporte.

Novo crescimento da rentabilidade - O resultado operacional do exercício 2008/09 alcançou €1536 milhão, representando um aumento de 19% em relação aos €1295 milhão do último exercício, enquanto a margem operacional passou de 7,7% para 8,2%. A margem operacional do Setor Power aumentou de 8,9% para 9,6%, resultado da qualidade dos contratos registrados durante os últimos períodos, do aumento do volume das vendas e de uma constante atenção para a execução dos projetos. A margem operacional do Setor Transporte permaneceu estável em 7,2%, apesar do aumento das despesas com a implantação de novas plataformas.

O lucro líquido teve alta de 30%, com €1109 milhão, em relação aos €852 milhões do exercício 2007/2008. Este aumento advém do aprimoramento do desempenho operacional e de um resultado financeiro positivo.

Estrutura financeira saudável - O fluxo de caixa livre foi de €1479 milhão para o exercício 2008/09, contra os €1635 milhão de 2007/08. Esta forte geração de caixa é resultado, em grande parte, da melhora de rentabilidade e da evolução favorável do capital de giro, devido à relação superior a 1,3 entre pedidos e vendas.

O elevado fluxo de caixa livre do exercício permitiu ao Grupo, após pagamento do dividendo, estar em situação de caixa positivo de €2051 milhões em 31 de março de 2009, comparado com os €904 milhões em 31 de março de 2008. O saldo de tesouraria bruto se eleva a €2,9 bilhões e continua disponível uma linha de crédito de €1 bilhão, com prazo até 2012. A Alstom beneficia também de linhas de garantias comerciais de €21,5 bilhões, dos quais €7,5 bilhões estão disponíveis.

Após pagar o dividendo em julho de 2008 e levar em conta o impacto negativo da evolução dos fundos de pensão ligado ao fraco desempenho dos mercados financeiros, o patrimônio líquido aumentou de €2245 milhões em 31 de março de 2008 para €2884 milhões em 31 de março de 2009, devido ao lucro registrado neste período.

Além do mais, as agências Standard & Poor's e Moody's confirmaram seu rating BBB+ e Baa1 em maio de 2009.

Política de dividendos - O Conselho de Administração decidiu propor à próxima assembléia geral de 23 de junho de 2009 uma distribuição de dividendo de €1,12 por ação, ou seja, um aumento de 40% em relação ao ano passado. Caso seja aprovado, o dividendo será pago no dia 30 de junho de 2009.

Preparando o futuro - A Alstom está fortalecida com os resultados satisfatórios em 2008/09 e pela boa visibilidade proporcionada por sua volumosa carteira de pedidos. Porém, o Grupo deve adotar medidas para se adaptar às incertezas geradas pelo contexto econômico atual. Foi lançado um plano mundial para controle de custos e com a fusão dos Setores Power Systems e Power Service, será também possível racionalizar a organização, reduzir os custos, assim como, otimizar a oferta da Alstom e administrar a cadeia de suprimentos com maior eficácia. Garantindo a disponibilidade dos recursos necessários para o cumprimento dos contratos, o Grupo manterá a flexibilidade de sua estrutura de forma a se adaptar às evoluções futuras de demanda.

Os investimentos, que este ano chegaram a €499 milhões, tiveram alta de 33% em relação ao exercício anterior. Os programas lançados terão continuidade a fim de fortalecer a base industrial do Setor Power na Ásia e nos Estados Unidos, bem como aqueles que visam consolidar a competitividade das posições das atividades de Transporte na Europa, enquanto novos investimentos serão cuidadosamente priorizados.

As despesas com pesquisa e desenvolvimento de €586 milhões aumentaram 6% em relação ao último exercício. Os esforços neste campo serão mantidos, de forma a preservar o avanço tecnológico da geração de energia limpa e a dar continuidade à estratégia de padronização do Setor Transporte, consolidando seu posicionamento nos principais segmentos, tais como os trens de altíssima velocidade.

Por fim, no âmbito de sua estratégia de desenvolvimento nos mercados em forte crescimento, o Grupo formou uma parceria global com a Transmashholding, principal fabricante de material rodante no mercado ferroviário russo.

Perspectivas - A Alstom confirma que a margem operacional do Grupo deve alcançar cerca de 9% em março de 2010, com uma margem operacional para o Setor Power entre 10% e 11%, e uma margem operacional para o Setor Transporte entre 7% e 8%.

A atividade do Grupo, bem como as contas consolidadas, está disponível no site da Alstom na Internet. | www.alstom.com.

Fonte: Fator Brasil

Um comentário:

Leoni disse...

Trem pendular de passageiros alta velocidade

Pendolino (do italiano, diminutivo de pendolo, que significa pêndulo) é a marca de uma série de trens de alta velocidade com tecnologia pendular, desenvolvidos e fabricados pela Fiat Ferroviária (hoje Alstom). São utilizados na Eslovênia, Finlândia, Itália, Portugal, República Checa, Reino Unido e Suíça, ou Acela, seu concorrente americano.
A ideia de um trem que inclinava (pendular) tornou-se popular nas décadas de 1960 e 70, quando vários operadores ferroviários, impressionados pelos trens de alta velocidade introduzidos em França (TGV) e Japão (Shinkansen), quiseram ter uma velocidade similar sem ter de construir uma linha paralela dedicada (como estes países estavam a fazer, e o Brasil está por fazer). Trem pendular é um trem com um mecanismo de suspenção reclinável que permite que ele atinja velocidades avançadas em trilhos de linhas férreas tradicionais. Esse mecanismo, chamado sistema pendular, consiste em eixos com capacidade de se inclinar até 8 graus em relação aos trilhos, permitindo que as curvas possam ser feitas em velocidades de até 230 km/h, sem risco de acidente ou desconforto para os passageiros.
Na Itália foram estudadas várias possibilidades para as linhas em exploração (incluindo um modelo com carros fixos e bancos pendulares). Vários protótipos foram construídos e testados e em 1975 um protótipo do Pendolino, o ETR 401, que foi posto em serviço, construído pela Fiat e usado pela Rede Ferroviária Italiana. Em 1987 começou a ser usada uma nova frota de Pendolinos, os ETR 450, que incorporavam algumas tecnologias do infortunado projeto britânico APT. Em 1993 a nova geração, o ETR 460, entrou em serviço.

Fonte básica; Wikipédia com adaptações.

A grande vantagem da Tecnologia Pendular para trens de passageiros é justamente pelo fato de circular bem em vias sinuosas e curvas fechadas, comum em países europeus, americanos e principalmente brasileiros, sem muitas retificações e com baixo investimento.

Eis aí uma ótima opção para os planejados pelo governo federal 21 trens de passageiros regionais, para uso da malha ferroviária brasileira, mediante aproveitamento e remodelação das linhas existentes, sem a necessidade de grandes intervenções. Os trens pendulares Acela americano (Amtrak) e Superpendolino europeu são tracionados por energia elétrica, inclusive os na versão flex, 3 kVcc / 25 kVca embora existam versões eletricidade-Diesel (ICE-TD), que poderão ser utilizados em cidades onde não possuem alimentação elétrica.

A escolha deste modelo está sendo sugerida por consultorias, como a “Halcrow” no volume 4 parte 2 anexo B Comparação de material rodante, que estudam a implantação dos trens regionais, com futura utilização como TAV quando as suas linhas exclusivas estiverem prontas a partir de 2020, podem ser fabricados com o truque na bitola de 1,6 m com freios regenerativos, isto é geram energia elétrica na frenagem. e são da categoria de velocidade de até 250 km/h.

Pois bem. Não é empregado no Brasil porque a indústria ferroviária transnacional, e aqui instalada, não os fabrica, embora a CAF e a Alstom os fabriquem no exterior.

Conclusão: construímos ferrovias para que se adequem aos trens aqui fabricados, e não ao contrário. Isso explica, também, a falta de padrão e uniformidade entre trens e plataformas na CPTM-SP e Supervia-RJ entre outras. As indústrias não fabricam o que necessitamos. Nós, é que nos ajustamos a elas.

Algumas montadoras transnacionais, e a Embraer tem condições de fabricá-los no Brasil.

“Você pode encarar um erro como uma besteira a ser esquecida, ou como resultado que aponta uma nova direção” Steve Jobs