A Santos Brasil, que explora o Terminal de Veículos do Porto de Santos (TEV), entrou com questionamento junto à Codesp em relação aos termos do edital de arrendamento da área. O questionamento poderá transformar-se em um pedido de impugnação da licitação. "Não vimos plenas garantias de que o valor do nosso investimento, em torno de R$ 40 milhões, nos seja reembolsado", afirma Antonio Carlos Sepúlveda, diretor de operações da Santos Brasil.
A empresa assinou com a Codesp um Termo de Permissão de Uso (TPU), pactuado em 2003, e desde 2006 opera o TEV, com a condição de entregar a área de 180 mil metros quadrados ao vencedor da licitação. A abertura dos envelopes está marcada para o dia 18 e estima-se mais de duas dezenas de participantes. A Santos Brasil também disputa a área, agora de forma definitiva, com prazo de 25 anos prorrogáveis por igual período. Em caso de perda, será reembolsada dos investimentos já feitos.
Segundo Sepúlveda, o TPU deixa bem claro as condições do reembolso, o que não ocorre com o edital. "Somos uma empresa com acionistas e devemos ter tudo de forma transparente e que se resolva com rapidez", diz.
A assessoria de imprensa da Codesp informou que o questionamento foi encaminhado ao setor jurídico da empresa e que a sua disposição é de buscar uma solução em tempo de não prejudicar a data da abertura dos envelopes da licitação.
Em um dia de fatos incomuns, ontem, a Santos Brasil tinha tudo para festejar a chegada de três portêineres, fabricados pela chinesa ZPMC, que irão operar entre os Tecons 3 e 4. Mas um temporal, que inundou toda a região, seguido de ventos fortes, rompeu os cabos de amarração do navio "Zhen Hua-27", atracado do cais da Santos Brasil, indo se chocar contra o "Kyla", no Terminal de Grãos de Guarujá (TGG), ao lado, ocasionando danos nas duas embarcações, no cais e em equipamentos deste terminal, conforme comunicado oficial da operadora de contêineres . Ao mesmo tempo, um dos portêineres do pátio da Santos Brasil, empurrado pelo forte vento chocou-se com um guindaste móvel (MHC), provocando dados nos equipamentos. Não houve vítimas.
O plano da Santos Brasil, com a chegada dos três novos portêineres, que se juntarão a outros três em agosto, ao custo total de US$ 60 milhões, é passar a média de movimentação de 50 contêineres por hora para 80. "Em navios maiores, exclusivamente com esse equipamento, dá para aumentar a média de 100 movimentos por hora, para 160", assegura o executivo. Cada portêiner dessa geração pode içar dois contêineres de 40 pés por movimento, ou quatro de 20 pés.
O Tecon 4, com 220 metros de cais, está praticamente pronto, segundo o diretor. Para entrar em operação, que poderá ocorrer em 60 dias, faltam a dragagem do local e a expedição da licença ambiental. Com essa estrutura, a empresa estima contar com a capacidade anual de operar 1,7 milhão de Teus, ante os 1,3 milhão de Teus atuais.
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